O senso comum defende: pensamentos positivos fazem bem ao coração. Mas agora, também há provas científicas, de acordo com o estudo da Universidade de Illinois, que examinou a relação entre otimismo e a saúde cardíaca.
A pesquisa, publicada na edição de janeiro/fevereiro de 2015 da Health Behavior and Policy Review mostrou que os otimistas apresentavam melhores níveis de colesterol e de açúcar no sangue. Dessa forma, as pessoas que abordam a vida de uma maneira positiva são mais ativas fisicamente, com índice de massa corporal mais saudável e menos propensas a fumar. Os mecanismos responsáveis pelo aparente efeito protetor do otimismo sobre a saúde do coração não estão totalmente elucidados.
Uma das hipóteses defendida pelo estudo, é a adoção de hábitos saudáveis pelos otimistas. Como grande parte do risco de desenvolver doenças do coração está intimamente relacionado ao comportamento e hábitos de vida (atividade física, adoção de dieta saudável, cessação de tabagismo), este fato justificaria a menor incidência de problemas.
Outra possibilidade envolve os mecanismos biológicos. Uma das teorias biológicas é de que indivíduos otimistas tendem a ter menor inflamação crônica, e menor ativação do sistema nervoso simpático - dois dos mecanismos associados a maior taxa de eventos cardiovasculares desfavoráveis.
Definição de otimismo
O otimismo pode ser definido como a tendência em acreditar que expectativas e objetivos futuros serão alcançados. Na literatura médica, diversos estudos têm demonstrado a associação entre otimismo e a saúde do coração. De maneira geral o otimismo, quando comparado ao pessimismo, está associado a menores taxas de infarto, menor mortalidade por causas cardíacas e melhores resultados em cirurgia de revascularização miocárdica ou procedimentos como angioplastia.
Cardiologia comportamental
A cardiologia comportamental é uma nova frronteira de atuação da cardiologia. Ela engloba o estudo da associação entre saúde mental e cardiovascular, fatores de risco psicossociais (estresse, renda, trabalho, relações familiares), a incidência de doenças cardiovasculares e o estudo do comportamento humano e dos mecanismos que regem a aderência por parte dos pacientes às recomendações médicas e de profissionais de saúde em geral.
Otimismo associa-se à saúde mental e comportamento, com reflexos diretos sobre o coração. Nesse caso, o conselho antigo "pense positivo" é cada vez mais importante e atual.
Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein. "Pensamentos positivos fazem bem ao coração". Editado. https://bit.ly/2Kbhwwl