Mulher e cigarro não combinam. Pesquisas demonstram que a mulher que fuma antecipa a menopausa em até cinco anos e, com isso, aumenta o seu risco cardiovascular, a velocidade de envelhecimento da pele e de descalcificação dos ossos.
A menopausa causa a redução dos níveis hormonais e isso está relacionado com o aumento do risco cardiovascular. Nas mulheres, o tabaco avança a menopausa. As mulheres que fumam acabam perdendo essa proteção natural; ao antecipar a menopausa, as mulheres, então, antecipam o risco cardiovascular.
O tabagismo interfere na quantidade de estrógeno por conta da nicotina e do monóxido de carbono presentes no cigarro. A melhor maneira de evitar esse quadro é parando de fumar. A questão é justamente em como fazer o paciente parar. É aí que entra a importância do tratamento.
O estado emocional é o determinante que faz com que a pessoa, mesmo sabendo que ela tem que parar de fumar, não consiga, nem tenha energia. A dependência ao cigarro envolve dois circuitos cerebrais: um químico, em que a medicação ajuda a obter resultados, e um comportamental, que é a orientação e o acompanhamento.
O cigarro é um grande enganador, pois o usuário demora para perceber alguma limitação causada por ele. Apenas 50% dos fumantes conseguem parar de fumar, mesmo após descobrirem alguma doença relacionada ao cigarro.
Existem serviços públicos de ajuda espalhados pelo Brasil inteiro para aqueles que desejam parar de fumar. O Hospital das Clínicas oferece assistência para certos tipos de dependentes, de acordo com os atendimentos específicos.
Fonte: Jornal da USP. "Tabagismo antecipa menopausa e aumenta risco cardiovascular".