Quando pensamos em crianças e adolescentes não imaginamos que possam apresentar problemas sérios como alterações da pressão. No entanto, eles também sofrem com doenças cardiovasculares como hipotensão e hipertensão.
Dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão apontam que 3,5 milhões de crianças sofrem com pressão alta. Números da Organização Mundial da Saúde registram 9,4 milhões de mortes pela doença no mundo. Alimentação desequilibrada, consumo excessivo de sódio, álcool e a hereditariedade são fatores que contribuem para o problema. O equilíbrio da pressão é bastante delicado.
Há duas formas de alteração da pressão: a hipertensão, ou pressão alta, e a baixa, chamada de hipotensão. Muitas vezes essas alterações podem não causar sintomas, por esse motivo é necessário tomar muito cuidado. Pressão abaixo de 9 por 6 já é considerada hipotensão.
Essa alteração, deve ser tratada por toda a vida, acompanhada de medidas dietéticas, com mudanças de hábitos e estilo de vida. Seus sintomas podem aparecer quando há uma desidratação ou a temperatura ambiente está muito elevada, o que dilata as artérias, fazendo com que haja a necessidade de mais força para bombear o sangue. A pessoa fica tonta, com a sensação de que vai desfalecer. O mesmo acontece quando a pessoa está deitada e levanta muito rápido e sente tontura. A hipotensão não é considerada uma doença, mas sim um indicativo de doença.
Já a hipertensão é considerada uma doença crônica, na maioria das vezes incurável, que deve ser tratada. Muitas vezes, mudanças simples podem contribuir para a reversão do quadro. A obesidade infantil tem sido um fator diretamente relacionado com o problema. Alguns pacientes jovens podem apresentar uma causa secundária, como um estreitamento da artéria do rim, estreitamento da aorta e algumas alterações metabólicas, como apneia do sono e pequenos tumores benignos. Tratados esses problemas, é possível reverter a hipertensão secundária.
Se não for cuidada da maneira adequada, a hipertensão pode causar infarto, AVC e problemas renais. Por esse motivo, detectar o problema ainda no início e manter a doença controlada são fatores essenciais.
Um abraço para todos.
Dr. Rodrigo Paez | Cardiovascular | CRM-SP: 94060
Cirurgia Geral - RQE Nº. 22272
Cirurgia Cardiovascular - RQE Nº. 22273
Fonte: Jornal da USP. "Alteração da pressão arterial em crianças e jovens pode estar associada a estilo de vida e genética". Por Simone Lemos. Conteúdo Editado.Sob licença CC BY-ND 3.0 BR.