A obesidade passou a ser considerada uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a doença tem preocupado médicos e governantes, já que estima-se que metade da população tenha diagnóstico de sobrepeso. Nem as crianças escapam dessa estatística, e 30% dos pequenos brasileiros estão obesos. Tal problema representa um quadro perigoso para a saúde pública do país, uma vez que a obesidade está relacionada com doenças como a hipertensão, o diabetes e, também, com a redução da expectativa de vida.
Os determinantes do excesso de peso estão relacionados com um conjunto de fatores genéticos, biológicos, comportamentais e ambientais que se relacionam entre si. De todos os problemas resultantes dessa combinação de fatores, o acúmulo de gordura corporal em excesso é o que mais preocupa, já que está diretamente relacionado à redução da expectativa de vida. Os exames de rotina são de fundamental importância para avaliar as condições de saúde não apenas de adultos, mas das crianças também. A ultrassonografia abdominal de rotina é uma grande aliada nessa luta, já que o exame promove o diagnóstico precoce de doenças como o excesso de gordura nesse órgão.
O excesso de peso em crianças está associado a um risco aumentado para a doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA). O excesso de gordura no fígado de crianças eleva os riscos desses pacientes adquirirem doenças do coração, hipertensão, diabetes e todas as condições relacionadas às taxas elevadas de colesterol e triglicérides.
Além ser um meio não invasivo para o diagnóstico de gordura no fígado, o ultrassom abdominal de rotina apresenta melhor sensibilidade – cerca de 89% – e maior especificidade em relação à biópsia hepática, precedimento que também é usado para fazer o mesmo diagnóstico. O ultrassom tem a vantagem por ser não-invasivo, de baixo custo quando comparado aos demais exames, isento de efeitos colaterais e podendo ser utilizado em larga escala.
O excesso de gordura no fígado de origem não-alcoólica em crianças é uma doença que existe atenção das autoridades e necessita de políticas de prevenção e tratamento para esse público específico para evitar que aumente muito a população de jovens adultos em risco de morbidade e morte prematura.
Fonte:Tribuna do Ceará - Vida Saúdável. "Gordura no fígado pode causar hipertensão, diabetes e morte prematura". Conteúdo editado. https://goo.gl/cVKD9a