É o procedimento de escolha para o tratamento de algumas arritmias cardíacas. Assim como o estudo eletrofisiológico, a ablação é realizada por meio de cateteres, sem a necessidade de abertura do tórax para acesso ao coração, possibilitando uma rápida recuperação.
Esses cateteres são posicionados no foco de arritmia e uma energia, chamada radiofrequência, que aquece o tecido e “queima” o local é aplicada, eliminando a arritmia. Existe também a técnica de crioablação, na qual o esfriamento do tecido que promove a lesão.
Para a realização da ablação, os passos iniciais são idênticos ao estudo eletrofisiológico e uma vez identificados os locais culpados pela indução ou manutenção da arritmia é aplicada energia. Esse processo é monitorado com o auxílio de aparelhos capazes de controlar a posição dos cateteres, quantidade de energia aplicada e temperatura local.
Alguns tipos específicos de ablação contam também com método denominado mapeamento eletroanatômico, que por meio de campo eletromagnético oferece precisão complementar ao procedimento. Há também a possibilidade de tratarmos as taquicardias supraventriculares, a fibrilação atrial e as taquicardias ventriculares.
Mesmo as extrassístoles, quando frequentes e sintomáticas também podem ser eliminadas. Ao término da ablação, checamos o resultado do procedimento certificando-se de que não haja recorrência imediata da arritmia.
Ablação por Cateter
É uma técnica minimamente invasiva, que através de pequenos furos ou punções leva cateteres até o coração, capazes de eliminar áreas doentes do miocárdio responsáveis por alterações do rítmo cardíaco (arritmias).
A ablação é uma forma de tratamento intervencionista com baixo risco de complicações (menor que 1% na maioria dos casos) e alta probabilidade de sucesso (entre 90 e 99%).
Quando é utilizada
A ablação é utilizada em distúrbios do ritmo do coração.
Para bater corretamente, o impulso elétrico deve "tocar" as células do miocárdio na sequência correta. Quando está descompassado, a frequência fica acima ou abaixo do normal ou ainda irregular, ocorrendo a arritmia. A alteração da frequência cardíaca pode levar a desmaios e palpitações.
Frio vs Quente
Há duas formas de ablação por cateter: com energia de crioablação (frio) e radiofrequência (por calor).
Crioablação:
• ponta do cateter esfria (até -80°C) e cauteriza o foco da arritmia;
• possibilidade de "testar" a região que será tratada (lesão reversível);
• técnica mais segura e rápida (duração cai de até 5h para 2h);
• quantidade menor de anestesia e número de cateteres.
Radiofrequência:
• ponta do cateter aquece e cauteriza o foco da arritmia;
• técnica pode causar dano indesejável a estruturas adjacentes;
• são realizadas duas punções, pequenos furos no coração, para permitir acesso de duas bainhas e dois cateteres no lado esquerdo do coração.
Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein. "Ablação". https://bit.ly/2OpUIz2