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Aneurisma do Arco Aórtico: entenda o que é.

Aneurisma do Arco Aórtico: entenda o que é.

Você sabe o que é um Aneurisma do Arco Aórtico? Não ignore esses sinais!

Como o nome diz, o Aneurisma do Arco Aórtico acontece especificamente na parte curva da aorta, o “arco”. Essa região é importante porque dela saem artérias que levam sangue para o cérebro e os braços.

 

A aorta é a principal “avenida” de distribuição de sangue do nosso corpo. Ela é a maior artéria que temos, saindo diretamente do coração e levando sangue rico em oxigênio para todos os nossos órgãos e tecidos.

 

A aorta tem um formato de “bengala”, com uma parte ascendente (subindo), um arco (fazendo a curva) e uma parte descendente (descendo pelo tórax e abdômen).

 

 

Por que isso acontece?

 

A causa exata ainda não é totalmente conhecida, mas alguns fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolvê-lo, como:

 

    • Pressão alta (hipertensão): a pressão constante do sangue contra a parede da artéria pode, com o tempo, enfraquecê-la;

 

    • Infecções: algumas infecções podem afetar as paredes da aorta;

 

    • Histórico familiar: se alguém na sua família já teve aneurisma, é bom ficar atento;

 

    • Aterosclerose: o acúmulo de gordura nas artérias também pode contribuir para o problema;

 

    • Doenças hereditárias: como a síndrome de Marfan e a síndrome de Ehlers-Danlos, podem tornar a parede da aorta mais frágil;

 

    • Traumas: lesões graves no peito podem danificar a aorta e levar a um aneurisma;

 

    • Tabagismo: fumar pode enfraquecer as artérias;

 

    • Idade: a partir dos 60 anos, a chance de desenvolver aumenta.

 

 

Quais os sintomas?

 

O Aneurisma do Arco Aórtico pode não apresentar sintomas. Isso significa que você pode ter e não sentir nada, até que ele cresça muito ou, no pior dos casos, rompa. Mas, quando aparecem sintomas, eles podem incluir:

 

    • Dor no peito, nas costas ou pescoço: intensa, como uma dor constante ou que piora com a atividade física;

 

    • Tosse persistente: especialmente ao se deitar;

 

    • Rouquidão: devido à compressão de um nervo;

 

    • Dificuldade para engolir: por causa da pressão do aneurisma em outras estruturas.

 

 

Como é feito o diagnóstico?

 

Como os sintomas nem sempre aparecem, o diagnóstico geralmente é feito por exames de imagem, como:

 

    • Ecocardiograma: um ultrassom do coração;

 

    • Tomografia computadorizada: um exame de imagem que fornece imagens detalhadas do tórax;

 

    • Ressonância magnética: outro exame de imagem que pode fornecer informações mais precisas sobre a aorta;

 

    • Angiografia: exame mais invasivo, onde um contraste é injetado na artéria para visualizá-la melhor.

 

 

Como o aneurisma é tratado?

 

O tratamento vai depender do tamanho e da gravidade do aneurisma.

 

• Aneurismas pequenos: se ele for pequeno e não estiver crescendo rápido, o médico pode só acompanhar com exames regulares e recomendar mudanças no estilo de vida, como:

 

    • Controlar a pressão arterial;

    • Parar de fumar;

    • Adotar uma alimentação saudável, com pouco sal e gorduras;

    • Fazer atividades físicas leves.

 

• Aneurismas grandes ou com risco de ruptura: aqui, pode ser necessário um tratamento mais invasivo, como cirurgia. Existem dois tipos principais:

 

    • Cirurgia aberta: uma incisão é feita no peito para substituir a parte danificada da aorta por um enxerto;

 

    • Cirurgia endovascular: um tubo fino (cateter) é inserido pela virilha até a aorta, onde um stent (uma espécie de “tela” metálica) é expandido para reforçar a parede da artéria.

 

 

Medidas preventivas para reduzir os riscos:

 

Embora não seja possível prevenir completamente o aneurisma, controlar os fatores de risco pode ajudar a diminuir as chances de desenvolvê-lo. É importante:

 

    • Controle a pressão arterial com ajuda de remédios e hábitos saudáveis;

 

    • Pare de fumar, se for o caso;

 

    • Faça check-ups regulares, especialmente se tiver histórico familiar;

 

    • Tenha uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais;

 

    • Manter os níveis de colesterol sob controle;

 

    • Praticar atividade física regularmente.

 

 

Consulte o médico regularmente. Exames médicos de rotina ajudam a identificar problemas cardíacos precocemente.

 

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Rodrigo Paez

Rodrigo Paez

Formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - Escola Paulista de Medicina e especialista em Cirurgia Cardíaca, Cardiovascular, Endovascular e Marcapassos. Adepto da cirurgia cardíaca minimamente invasiva é pesquisador do estudo multicêntrico Bypass, que reune os melhores centros de cirurgia cardíaca do Brasil.