Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular

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Sensação de palpitação no coração pode ser sinal de problemas cardíacos.

Sensação de palpitação no coração pode ser sinal de problemas cardíacos.

A maioria das palpitações cardíacas são inofensivas.

Experimentou alguma vez a sensação de seu coração pulsar com uma cadência mais acelerada do que o habitual e se questionou se isso poderia constituir um indício de problemas cardíacos? A percepção de palpitações no órgão vital é um fenômeno que muitos indivíduos vivenciam em algum momento de suas vidas, e isso, em verdade, pode provocar certa inquietação.

 

É crucial salientar que, embora a sensação de palpitação no coração possa ser causa de inquietação, ela nem sempre reflete problemas cardíacos. Assim sendo, é imprescindível estar atento aos sinais indicativos e consultar orientação médica caso se revele imperativo. Lembremo-nos de que a manutenção da saúde do coração é de suprema importância, e a adoção de um estilo de vida salubre pode influir substancialmente nesse objetivo.

 

 

O que são Palpitações Cardíacas?

 

As palpitações cardíacas configuram-se como a percepção de que o batimento cardíaco se encontra em desalinho, seja em termos de ritmo, seja em termos de intensidade, ou, porventura, em termos de notoriedade. É como se experimentássemos a própria pulsação, uma sensação que, no entanto, nem sempre insinua complicações cardíacas.

 

 

Palpitações vs. Batimentos cardíacos normais:

 

Há uma premente necessidade de discernir entre as palpitações e a ritmicidade cardíaca habitual. O coração normalmente executa suas contrações entre 60 e 100 vezes por minuto, variando em função da idade e do grau de atividade do indivíduo. As palpitações materializam-se quando se sente que o coração ultrapassa esses limites convencionais.

 

 

Causas comuns de Palpitações Cardíacas:

 

Múltiplos fatores costumam concorrer para a vivência de palpitações cardíacas, e não todas as causas se relacionam com problemas cardíacos. Eis algumas das razões mais corriqueiras para as palpitações:

 

    • Estresse e Ansiedade: o estresse e a ansiedade podem fomentar um incremento na atividade do sistema nervoso, culminando em palpitações. É como se o organismo se encontrasse imerso em um cenário de “lutar ou fugir”, mesmo que não haja, propriamente, uma ameaça concreta;

 

    • Cafeína e Estimulantes: a ingestão excessiva de cafeína, seja sob a forma de café ou energéticos, pode deflagrar episódios de palpitação. A cafeína é um estimulante que acelera a cadência cardíaca;

 

    • Exercício Físico Intenso: durante a prática de atividade física intensa, o músculo cardíaco responde mediante uma frequência cardíaca superior, proporcionando oxigenação aos músculos. Isso pode redundar na experiência de palpitações, contudo, é um fenômeno inteiramente usual;

 

    • Outras Causas: outras razões compreendem desidratação, febre, anemia, hipertireoidismo, acentuado consumo de álcool ou substâncias entorpecentes, bem como determinados fármacos. Com frequência, as palpitações assumem um caráter inócuo e transitório.

 

 

Que tipos de Palpitações Cardíacas existem?

 

As palpitações cardíacas se delineiam como uma sensação incômoda e perceptível de batimentos cardíacos desordenados, vigorosos, celerados ou rítmicos. Diversos tipos e etiologias das palpitações cardíacas podem ser elencados. Alguns dos principais:

 

    • Palpitações Sinusais: associam-se a flutuações comuns na ritmicidade cardíaca, muitas vezes correlacionadas a estados emocionais, estresse, consumo de cafeína ou atividade física;

 

    • Arritmias Cardíacas: traduzem alterações na cadência cardíaca, incluindo taquicardia (batimentos cardíacos acelerados), bradicardia (batimentos cardíacos lentos) e fibrilação atrial (ritmo cardíaco desordenado);

 

    • Extrasístoles Ventriculares e Supraventriculares: configuram batimentos cardíacos extra que podem culminar em episódios de palpitação, ainda que, com frequência, revistam caráter inofensivo;

 

    • Síndrome do Coração Partido (Takotsubo): distúrbio cardíaco relacionado a extremo estresse emocional que pode suscitar palpitações e angústia torácica;

 

    • Afeções Cardíacas: afeções cardíacas subjacentes, como insuficiência cardíaca, doença arterial coronária ou lesões valvulares cardíacas, podem precipitar episódios de palpitação.

 

Caso experimente episódios de palpitação cardíaca frequentes ou alarmantes, é imprescindível buscar atendimento médico. O diagnóstico assertivo se constrói como um passo fundamental para estabelecer a etiologia das palpitações e ater-se ao tratamento adequado, que pode comportar mudanças no estilo de vida, terapia farmacológica ou procedimentos intervencionistas.

 

 

Quando as Palpitações podem figurar como um indicativo de disfunções cardíacas?

 

Ainda que, frequentemente, as palpitações se mostrem benignas, em determinados cenários, elas podem insinuar a existência de disfunções cardíacas mais severas. Além disso, é preciso apegar-se a indicativos de alarme. Algumas situações em que as palpitações podem guardar relação com problemas cardíacos:

 

    • Antecedentes Familiares: a existência de antecedentes familiares de patologias cardíacas amplia a suscetibilidade a afeções cardíacas, e as palpitações podem constituir um alerta vermelho;

 

    • Sintomas Concomitantes: se as palpitações se conjurarem com sintomas como angústia torácica, dispneia, tontura ou síncope, é necessário buscar ajuda médica imediatamente;

 

    • Idade e Gênero: homens com mais de 45 anos e mulheres com mais de 55 anos se inserem em um grupo de maior risco no que concerne a afeções cardíacas. Nesses grupos etários, as palpitações devem ser escrutinadas com a máxima atenção;

 

    • Histórico de Patologias Cardíacas: se já subsiste um diagnóstico prévio de patologia cardíaca, como arritmia, as palpitações podem denotar eventuais dissonâncias no tratamento ou controle da condição.

 

 

Qual é o procedimento para o diagnóstico:

 

O diagnóstico de palpitações cardíacas geralmente acarreta uma sucessão de etapas médicas com o desígnio de elucubrar a causa subjacente. As etapas típicas associadas ao diagnóstico podem ser sintetizadas do seguinte modo:

 

    • Anamnese Clínica: o médico inicia o processo mediante uma entrevista minuciosa com o paciente, indagando a respeito dos sintomas, histórico médico, hábitos de vida e desencadeadores das palpitações;

 

    • Exame Físico: é realizada uma avaliação física completa, compreendendo a aferição dos sinais vitais, incluindo a frequência cardíaca e a pressão arterial;

 

    • Eletrocardiograma (ECG): o ECG registra a atividade elétrica do coração e com frequência constitui o primeiro estágio no diagnóstico, desvendando possíveis arritmias cardíacas;

 

    • Monitor Holter: em determinadas situações, a monitorização contínua da atividade elétrica cardíaca ao longo de 24 a 48 horas pode se tornar necessária;

 

    • Ecocardiograma: esse procedimento de ultrassonografia possibilita a visualização da morfologia e função cardíaca, viabilizando a detecção de anomalias estruturais;

 

    • Testes Ergométricos: em casos nos quais as palpitações se manifestam durante a prática de atividade física, o médico pode indicar um teste ergométrico a fim de avaliar a resposta cardíaca ao esforço físico;

 

    • Exames Sanguíneos: análises sanguíneas são efetuadas para avaliar os níveis de eletrólitos, hormônios e outras substâncias que influenciam o funcionamento cardíaco;

 

    • Avaliação Especializada: em situações complexas, pode ser imprescindível consultar um cardiologista especializado em eletrofisiologia cardíaca para diagnóstico e terapêutica avançada.

 

O diagnóstico das palpitações cardíacas pode revelar-se um processo complexo, e a conjugação desses exames auxilia os médicos na determinação da causa e na instituição de um plano de tratamento apropriado. Consultar um profissional de saúde se as palpitações cardíacas forem experimentadas reveste-se de importância crucial, uma vez que elas podem ser um prenúncio de disfunções cardíacas latentes.

 

 

Como se dá o tratamento:

 

O tratamento das palpitações cardíacas é eminente e depende da causa subjacente. Palpitações se manifestam sob a forma de batimentos cardíacos percebidos como atípicos e podem ser instigadas por variados fatores, como ansiedade, patologias cardíacas, distúrbios do ritmo cardíaco, entre outros. Eise algumas abordagens gerais para o tratamento:

 

    • Abordagem da Causa Subjacente: a primeira etapa reside em identificar e tratar a origem das palpitações. Se esta for de natureza cardíaca, tal poderá implicar a administração de fármacos para regular o ritmo cardíaco ou procedimentos para corrigir disfunções cardíacas, como a ablação;

 

    • Gestão do Estresse e Ansiedade: se o estresse e a ansiedade se presumirem como causas das palpitações, técnicas de relaxamento, terapia cognitivo-comportamental e medicação podem ser passíveis de aplicação;

 

    • Adoção de Estilo de Vida Saudável: a adoção de um estilo de vida saudável, englobando uma alimentação equilibrada, prática regular de exercício físico e a abstenção de estimulantes como cafeína e álcool, pode contribuir para a redução das palpitações;

 

    • Fármacos: em situações específicas, o médico pode prescrever medicamentos com o propósito de controlar ritmos cardíacos irregulares;

 

    • Monitorização: em situações crônicas, um monitor cardíaco portátil pode ser empregado para registrar episódios de palpitação e auxiliar na determinação da causa.

 

 

Consulte o médico regularmente. Exames médicos de rotina ajudam a identificar problemas cardíacos precocemente.

 

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Rodrigo Paez

Rodrigo Paez

Formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - Escola Paulista de Medicina e especialista em Cirurgia Cardíaca, Cardiovascular, Endovascular e Marcapassos. Adepto da cirurgia cardíaca minimamente invasiva é pesquisador do estudo multicêntrico Bypass, que reune os melhores centros de cirurgia cardíaca do Brasil.